quinta-feira, 4 de abril de 2013

Uma mosca me agonia os sentidos
Sobrevoa pensamentos
Por hora sujos
Por hora adequados
Ela zune em meus ouvidos
Rasantes, rodopios, e ameaças de pouso
Não deixam que a acerte
Pensamentos voam...
Pensamentos se perdem...
O som da tv alta tira minha atenção
Como acertar esse ser que rodopia atrapalhando meu pensar?
Ela explora o espaço com velocidade
Não tenho como acompanhar seu voar
Nuvens de inseticida se espalham pelo ar
Meus olhos ardem ao contato com o pouco de umidade que o spray liberou
Um filete de janela aberta
Lá se foi a mosca
Depois de zunir meus pensamentos
Embaralhar minhas idéias
Arder meus olhos
A seguir seu fadado destino
Sem medo
Simplesmente seguirá
Sem rumo
Sem sentido
Enquanto a vida não lhe acertar
E antes que suas minúsculas asas parem de se mover
Ela não vai parar
Sem arder de olhos
Sem zunir pensamentos próprios
Sem se dar conta do que há a volta
Ela e o espaço se cruzam
Nessa simbiose que acabará
Apenas no fim do ciclo
Do seu ciclo
E eu?! Ah... Eu...
Com olhos ardendo
Raiva da mosca
Presa no limite do meu espaço
A Voar por aqui

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