segunda-feira, 18 de março de 2013

"Busquei uma masmorra num dos castelos erguidos no meu passado, era fria e sombria, e possuía um espécie de janela pequena gradeada por madeira forte, de onde era possível admirar o horizonte. Essa vista preenche todos os espaços que antes disse sombrios e frios. Me mantém segura. Posso ver o mundo a minha volta e ficar ali. Nada pode chegar até a masmorra, mas eu posso sair. A chave de lá, está sempre guardada comigo, amarrada a meu pescoço. Assim me mantenho segura. Nada entra e muito menos eu saio por embevecer-me com a vista preciosa descoberta em meio a escuridão e aparente frieza daquele espaço. Dali é possível escutar o canto dos pássaros, sentir a brisa a tocar meus cabelos e sonhar... Por vezes olho em direções diversas, mas sempre do lado de fora, e vejo pessoas. Tenho vontade de sair do calabouço, ensaio os passos e quando me aproximo da porta, o terror assombra meus sentidos e retomo a posição de mera observadora do horizonte. Sorrio, pois sinto a luz do sol a iluminar meu rosto como que a confirmar minha decisão de ali continuar." Ciana Luna (Direto do Túnel do Tempo)

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